a)

Cada dia doce e amargo me envolve, cada sonho mostra-me coisas onde elas não existem nem existirão, porquês ditos ao ar, ao som do vento, esperança deitada mais uma vez fora e tudo se irá desvanecer, uma nova vida irá crescer.
Tenho força , mas num estalar de dedos, num olhar, num toque, numa palavra, numa imagem ela se vai, e torno-me mais frágil, mais fraca, mais triste.
Nada está como estava, tudo muda, a vida dá muitas voltas de uma maneira inexplicável.
Pessoa Confusa, sim eu, confusa com certos aspectos, com certas coisas que me tocam cá dentro que me alegram e passado um momento eram mais esperanças estragadas, mais uma dor cá dentro que se desenvolve cada vez mais e mais.
Desisti de tudo? Nem eu sei, tento, mas parece que não consigo.
Vivo do apoio dos meus amigos, do calor que eles me dão para me aquecer, limpam-me, saram as feridas que me deixaram e estão sempre cá, tanta felicidade eles me proporcionam mas aquele vazio enorme não vai, não sai.
Lágrimas escorrem na minha cara por mais que eu tente que elas não escorram, lágrimas de saudades de certas coisas, de certos momentos, de uma certa pessoa, mas nada a voltara a trazer, nada voltara já eu sei e já me mentalizei disso, é só mais um daqueles sonhos que guardarei para um dia mais tarde talvez os abrir.
Não sei mesmo o que se passa comigo, não sei, já não vejo o mundo tal e qual como era, não tenho esperança de viver por mais tempo, nada me prende cá talvez, mesmo estando acompanhada com os melhores amigos do mundo, mas... o ar que eu respiro já é pouco, já se esgota como o sangue congelou no meu corpo.
Gostava que um dia tudo voltasse na minha vida, as cores, o sorriso, aqueles amo-te's verdadeiros que já os ouvi no passado, que o meu coração bata, que eu renasça das cinzas, que o sentimento verdadeiro e puro me faça viver cada vez mais, que uma paixão, um romance permaneça vários tempos, mas agora só me resta estar estendida no chão, ver os dias negros a passar, agarrar-me à noite, agarrar-me à solidão , agarrar-me à tristeza, à dor que existe a redor do meu coração.
Custa imenso tudo isto, tudo que se foi, aquela perfeição ir grão a grão, desaparecendo em redor dos meus olhos molhados e saber que outro alguém talvez já exista, talvez (...) nem sei como acabar a frase, o fôlego já me está a faltar, como a força para escrever assim também.
Lágrima deitei, lágrima escorregou e ao coração ela parou.

Comentários

Joana disse…
Mais um dos lindos textos que escreves!
*_____*
Eu quero o autógrafo!
x)
Beijinhox!

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