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uma pessoa tenta , uma pessoa alcança . uma pessoa quer, uma pessoa deseja. hoje escrevo (...), de novo páginas brancas, de novo um suspiro ofegante. apeteceu (...) por vezes, são aqueles pequenos sonhos que fazem com que as grandes alegrias nasçam e são os grandes portes que fazem com que a tristeza se instale. é o afastar e é o voltar a perseguir-me. é o dizer que não mas do outro lado da linha dizer que sim. é o fazer para que nada aconteça e depois rebaixar cada vez mais . é mais um peso , é mais uma mágoa . tentar, e depois no fim não saber que lado virar , que lado é que queres que vá se ninguém me ajuda, se ninguém me dá a mão e só ter o remédio de carregar tudo para cima de mim. não sou de ferro (...) e parece que a minha pessoa, é nada mais nem nada menos que um grão em pleno chão, que salta e voa de pedra a pedra, que chora por querer o bem e por tentar e nunca o conseguir. é pisada até mais não e ninguém a ver. é perder a esperança que um dia mais tarde esse grão não possa ser uma linda flor que todos os dias abrir-se-à ao sol , que todos os dias receba amor, que todos gostem e acabem por colher, levar-me para um sitio melhor, poder cuidar, poder adormecer e de seguida morrer. parece que nuns dias esse grão cresce e noutros , desaparece. o que sou eu então? o que sou? o que faço aqui? , sou apenas mais uma , uma infeliz (...). é todos os dias receber carinho e chegar à noite, o pesadelo chegar-se a mim. colar-se a mim. tenho medo, medo de tudo, de mim até. não sei o que sou capaz. e custa não ter aquele apoio, aquela confiança de que eu consiga superar, porque me fazem andar para trás, fazem com que perca o animo por tudo. sinto-me só às vezes. sinto. quem me dera que as gotas, que neste momento escorrem na minha face, me elevassem ao ponto mais alto do céu, gostava de desaparecer e que todos pudessem esquecer o meu nome, e de mim. por cada folha pincelada, mais uma vitima magoada. por cada sinal, mais uma nuvem negra se planta, por mais que eu ame (...), são meras desculpas ditas que me dão vontade de morrer (...), não sirvo para ninguém, é a verdade, tentei ser feliz e sou, mas todos os dias a felicidade corta-se com pequenos gestos (...) gestos subtis. hoje chorei.